O empresário Eike Batista desembarcou no Rio de Janeiro, de um avião vindo de Nova York, nos Estados Unidos , às 10h desta segunda-feira (30). Incluído na lista de procurados pela Interpol e considerado foragido desde a última quinta-feira (26), Eike foi recepcionado pela Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional Tom Jobim-Galeão e levado preso antes mesmo de chegar ao saguão de desembarque.
Eike Batista
, de 60 anos, é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que também atinge o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso. O empresário também já foi considerado o homem mais rico do Brasil e, em 2012, o sétimo mais rico do mundo pela revista Forbes
.
Em um carro da PF, o empresário foi levado do aeroporto ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. Por volta das 11h desta segunda, o carro da PF saiu do IML em direção ao presídio Ary Franco, onde Eike chegou às 11h20 e está preso preventivamente, sem data para sair.
Na última quinta, a PF tentou deter o empresário em sua casa, no Rio de Janeiro, mas ele não estava lá. Os advogados informaram que Eike viajou a trabalho para Nova York e que voltaria ao Brasil para se entregar. A Polícia Federal o considerou foragido e, em cooperação, a Interpol incluiu seu nome na lista de captura internacional.
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O nome de Eike Batista apareceu na semana passada no âmbito da Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Calicute, fase da Lava Jato, sobre propinas pagas por grandes empreiteiras a partidos e políticos para obter contratos da Petrobras.
Entrevista no aeroporto
Em entrevista à Rede Globo , dentro do aeroporto norte-americano, Eike afirmou que está voltando ao Brasil para responder à justiça “como é meu dever. Tem que mostrar o que é... ajudar a passar as coisas a limpo (sic)”.
O repórter indagou sobre a especulação de Eike ir para Alemanha, questionamento negado pelo acusado. “Eu venho sempre a Nova York, a trabalho”, justificou. Ao ser perguntado sobre sua inocência, Eike se limitou a dizer que está à disposição da Justiça.
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"Eu tô (sic) me entregando. é o meu dever", afirmou Eike Batista. "Eu vou mostrar como é que são as coisas. Simples assim", encerrou.